O que salta à vista nem sempre salta para todos.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Parabéns Iolanda!
Sabes que gosto de fazer festa de aniversário e que se calhar ainda não tenho anos que cheguem para me preocupar com eles. Não sei que te dizer. Ainda preciso perceber esta cena da idade. Sei que há coisas que passam e que não voltam e tenho saudades delas. Sei que tenho saudades do riso fácil e descontraído como o que temos nesta foto. Sei que esse riso é nosso e que não morreu. Sei que a idade pesa na nossas vidas. Vamos fazer com que seja um peso-de-risos-do-coração?
Parabéns Iolanda "I love you just the way you are"
E Nick Cave porque tem que ser!
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
Este Verão ensina-me
a amar as minhas cicatrizes
a enfeitar-me com marcas de estrangulamento no pescoço
Este Verão ensina-me
a fechar à chave a amargura e fico
bem roliça e anafada pareço bem tratada
Este Verão ensina-me
a gritar o bel canto
Este Verão ensina-me
que a solidão descansa
e cresce numa mão
Este Verão ensina-me
a não confundir um corpo disponível
com o desejo de felicidade
Este Verão ensina-me
a ser para cada pedra um espelho de água
Este Verão ensina-me
a amar grandes bolas de sabão e pequenas
antes de rebentarem
Este Verão ensina-me
que tudo sem nós
por si continua
Este Verão ensina-me
um rosto gelado feliz
Este Verão ensina-me
tenho que ser eu a bater no tambor
quando quiser dançar
este Verão ensina-me
a ser sem felicidade sem tristeza por uns
segundos aliada de Deus
Este Verão ensina-me
a acordar de manhã. Grata. Sozinha.
Este Verão ensina-me
que a folha do limoeiro só deita cheiro
quando a desfazemos entre os dedos.
Ulla Hahn
domingo, 4 de maio de 2014
continuas a ser a mão que me ampara e eu continuo a "deitar a língua de fora" em sinal de protesto...
Palavras para a Minha Mãe
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
sexta-feira, 2 de maio de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
33. Diga 33.
Sempre brinquei com este número e agora esbarro-me com ele.
Às vezes tenho dúvidas da minha verdadeira idade. Todos me diziam: "quando chegares aos 18 é que vai ser fixe". Os 18 chegaram e voaram e eu nem dei por eles.
Depois diziam: "ahh quando chegares aos 20 vais ver..." Os 20 entraram, sentaram-se à mesa, servi-lhes uma bela refeição e tivemos um belo serão. No fim... despedimo-nos com alegria.
Quando comecei a aproximar-me dos 30 diziam: "quando chegares aos 30? vais ver... a vida passa a correr, é uma tristeza." Ora bem, já moro nos 30 vai fazer 3 anos e tenho uma excelente relação de amizade com este senhorio. Fazem-me crer que até cresci por ter chegado aos 30. Quando alguém vê a minha idade e percebe que atrás do cabelo desalinhado, dos sapatos da camper e do olhar de miúda está uma "mulher crescida" é engraçado.
Até me deu gozo passar dos 30, confesso, apesar de continuar sem saber se os tenho. Neste meu mundo sinto-me viver sem perceber muito bem qual a minha idade. Continuo a mesma que olha sempre para o céu como se fosse a primeira vez. Desfruto do instante mágico das coisas. Torno-me, facilmente, numa criança de olhos a brilhar que se espanta com tudo . Embriago-me em música para fazer a fotossíntese diária cerebral. Deixo-me apanhar boleia pelas cores de uma bola de sabão. Sustento-me pelo amor e pela amizade, sem eles viveria num Inverno perpétuo. Absorvo sorrisos e olhares genuínos que me alimentam a alma. Tenho em mim a baloiçar todos os sonhos do mundo. Faço por sentir o riso de que tanto gosto e o qual posso reclamar como minha pertença. Continuo a criança que espera ansiosamente pelas prendas fáceis ou difíceis.
Eu sou assim, não sei ser de outra maneira.
Depois diziam: "ahh quando chegares aos 20 vais ver..." Os 20 entraram, sentaram-se à mesa, servi-lhes uma bela refeição e tivemos um belo serão. No fim... despedimo-nos com alegria.
Quando comecei a aproximar-me dos 30 diziam: "quando chegares aos 30? vais ver... a vida passa a correr, é uma tristeza." Ora bem, já moro nos 30 vai fazer 3 anos e tenho uma excelente relação de amizade com este senhorio. Fazem-me crer que até cresci por ter chegado aos 30. Quando alguém vê a minha idade e percebe que atrás do cabelo desalinhado, dos sapatos da camper e do olhar de miúda está uma "mulher crescida" é engraçado.
Até me deu gozo passar dos 30, confesso, apesar de continuar sem saber se os tenho. Neste meu mundo sinto-me viver sem perceber muito bem qual a minha idade. Continuo a mesma que olha sempre para o céu como se fosse a primeira vez. Desfruto do instante mágico das coisas. Torno-me, facilmente, numa criança de olhos a brilhar que se espanta com tudo . Embriago-me em música para fazer a fotossíntese diária cerebral. Deixo-me apanhar boleia pelas cores de uma bola de sabão. Sustento-me pelo amor e pela amizade, sem eles viveria num Inverno perpétuo. Absorvo sorrisos e olhares genuínos que me alimentam a alma. Tenho em mim a baloiçar todos os sonhos do mundo. Faço por sentir o riso de que tanto gosto e o qual posso reclamar como minha pertença. Continuo a criança que espera ansiosamente pelas prendas fáceis ou difíceis.
Eu sou assim, não sei ser de outra maneira.
Tenho 33, diz-me a minha mãe e eu acredito nela. Mesmo que, por vezes, nem ela acredite.
domingo, 16 de março de 2014
Aqui a tua sombra era do tamanho da minha mas eu ainda te pegava ao colo para te abraçar. Agora quando te abraço os meus braços já encaixam por baixo dos teus. Sim, por muito que me custe admitir e aceitar, já estás mais alto que eu. Mas os abraços continuam iguais, continuas a ser o meu beija-flor. Fazes parte de mim.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
É meia-noite. Chegou ao fim um fim de semana que se tivesse banda sonora teria que ser o "Perfect day" do Lou Reed em modo repeat.
O Sábado foi preenchido pelo casamento da Neuza e do Hugo.
Que dia bom. Mesmo o Sol que estava intenso não conseguia superar o brilho dos olhos da Neuza.
Que noiva feliz e bonita!
(foto da Claudette)
Que dia perfeito e colorido...
A começar pelas bridesmaids, claro!
(foto da Marta Figueroa)
Tudo correu bem, tudo foi fantástico mas tenho que me repetir, nada conseguiu superar a felicidade e a boa disposição da Neuza. Obrigada Hugo por fazeres tão feliz a minha amiga.
Digo, vezes sem conta, vocês são peças do meu puzzle. Não consigo escrever nem expressar tudo o que quero para vocês. Penso que nem cabia aqui, por isso, "tudo de bom!" é o que vos desejo! :D
O vosso casamento trouxe Sol, boa disposição e alegria ao fim de semana.
(foto da Marta Figueroa)
O Domingo foi um belo dia-de-Sol preenchido de riso, de brincadeiras, de cumplicidade, de "clicks", de bons momentos com outra peça do meu puzzle. Que dia bom Daniela.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Quando saí de cá disse que levava ao pescoço uma placa de
"VOLTO JÁ" como põem nas portas do comércio. Ao subir à Serra do
Pilar senti que voltei, voltei com tudo o que tinha para voltar. O som do
"click" da máquina fotográfica lembrou-me que continuo a ser quem
sempre fui. A menina que olha para o Mundo como se fosse a primeira vez que o
vê, todos os dias. De uma coisa eu não sabia quando saí de cá. Não sabia
que ia suspirar tanto por aquela Ilha como suspiro. Tenho saudades dos
amigos, sim. Muitas mesmo. Sei que é diferente, mas esses estão à distância de
um telefonema ou de uma mensagem pelo Facebook. Suspiro por aquele mar que
tem o mesmo nome que o nosso e é tão diferente...Suspiro por aquele verde das
serras que me faz querer perder lá no meio... Não sabia que ia suspirar tanto
por aquela Ilha como suspiro, mas eu sou daqui.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
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