domingo, 25 de setembro de 2011


sinto-cá-dentro-um-querer-não-querer-ir-ficar-voltar-não-voltar

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Rapaz de Bronze


"… num lugar sombrio, solitário e verde, havia um pequeno jardim rodeado de árvores altíssimas que o cobriam com os seus ramos. No meio desse jardim havia um lago redondo sempre cheio de folhas. No centro do lago havia uma ilha muito pequena feita de pedregulhos e onde cresciam fetos. E no centro da ilha estava uma estátua que era um rapaz de bronze." Este era o rapaz de bronze da Sophia de Melo Breyner... Este está na ilha mas não está no centro. O jardim que o envolve não é povoado de árvores altíssimas mas todos os dias ele de costas para o mar nos encanta com a melodia que sai da sua flauta. É um rapaz de bronze, e como todos os meninos de bronze ganham vida enquanto nos enganam na pele de uma estátua.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

juro que não vou mentir


há dias em que nem me lembro do que tive, há dias em que só penso: como seria?, há dias que passam sem sentir, há dias em que ouço uma guitarra a ser dedilhada e nasce em mim uma vontade imensa de aprender a tocar para te sentir em mim, outros dias há que nem sei se gosto do som da guitarra... mas há dias em que a alma se corrói ate ao osso e esses dias... esses dias eu não queria ter...

segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011




O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.


|Clarice Lispector

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011


"Foi em pleno Inverno que aprendi que há em mim um Verão invencível"

Albert Camus

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quero uma vida em forma de espinha



Quero uma vida em forma de espinha
Num prato azul
Quero uma vida em forma de coisa
No fundo dum sítio sozinho
Quero uma vida em forma de areia nas minhas mãos
Em forma de pão verde ou de cântara
Em forma de sapata mole
Em forma de tanglomanglo
De limpa chaminés ou de lilás
De terra cheia de calhaus
De cabeleireiro selvagem ou de édredon louco
Quero uma vida em forma de ti
E tenho-a mas ainda não é bastante
Eu nunca estou contente





|BORIS VIAN

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

tatuo certezas pisando as incertezas