sentir o Porto... adoro!

dancei, senti, amei, cantei...
uma boa peça que juntei ao meu puzzle...

em contagem decrescente...

Apareçam!

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|Pinguim, rua do Belomonte, 67. No Porto.

...hoje foi dia de acordar com um peso em cima dos ombros que avidamente se dissipou só restando penas de anjos para me acompanhar...

...hoje foi dia voltar a sentir o riso de que tanto gosto e o qual posso reclamar como minha pertença...

...hoje foi dia de viajar na máquina do tempo, fazer um rewind de uma vida em que adormeço feliz no colo da mãe...

...hoje foi dia de me perder e de me encontrar numa rua que me faz fechar os olhos e sorrir...

É preciso não esquecer nada


É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de actos,
a ideia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos connosco, pois o resto não nos pertence.


|Cecília Meireles

... há dias em que me sinto muito mais Mafalda do que Luísa...

o céu está azul, os mares tranquilos...
com algumas nuvens que não me metem medo...

preciso de orientar ideias que andam a saltar sem ordem nem respeito pela minha cabeça

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco






soube-me a chocolate ouvir o meu poema favorito em forma de canção

porque nunca nos canso de pedir e procurar um sinal de ti?

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.




Vinicius de Moraes

...hoje vou deixar que o som da chuva que cai me embale e se entranhe nos meus sonhos...

"Se não formos audazes, o que não é sinónimo de irresponsabilidade, se não formos terrivelmente audazes com os nossos sonhos e não acreditarmos neles até os tornar realidade, então os nossos sonhos murcham, morrem, e com eles nós também."

Luís Sepúlveda

«A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande é ser génio.»

Fernando Pessoa

"...à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei na terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca as árvores pelas raízes. Que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.

Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.

Porque a minha força é imortal."

|Cemitério de Pianos

| José Luís Peixoto

hoje foi dia de safari fotográfico, já não tinha memória de uma tarde assim, uma tarde em que os nossos olhos só viam através da lente... uma tarde com bolas de sabão...





uma tarde em que um motorista de eléctrico simpático parou para posar para a foto com o seu veículo...




uma tarde de dançar com e para o Sol...




uma tarde de fotografar indiscretamente tudo o que nos aparecia à frente...




uma tarde em que andamos de eléctrico e de funicular...


uma tarde em que o cansaço das nossas pernas se revigoravam a cada foto, a cada olhar cúmplice que trocávamos com os turistas, a cada sorriso que dávamos...
que bom ser turista na nossa cidade...
que bom olhar para tudo como se não fosse nosso...

Matilde e Madalena, foi um prazer conhecer-vos!

frágil... sinto-me frágil...

que bom voltar a ouvir-te...

em contagem decrescente...

I am your butterfly

"e é preciso correr é preciso ligar é preciso sorrir
é preciso suor
é preciso ser livre é preciso ser fácil é preciso a roda
o fogo de artifício"

foto tirada pela Marta Marinho

chegou o Verão!

tem dias que a vida é mais difícil de dobrar que uma rosa...

aiiiiii... para que é que inventaram a palavra saudade???

era bom que assim fosse

♥ ♥

às vezes tenho saudades de brincar!

...adoro quando o cheiro de café quente me invade a casa...

No Pinguim café!

leva-me contigo

Intrigam-me estas coisas... sempre que tenho um anjinho (ou diabinho) a contrariar a minha vontade de ser desleixada e que, mesmo chegando a casa às 6h da manhã, decido lavar a cara, passar o tónico e pôr creme... surgem-me dúvidas!!! Que creme se põe a esta hora? O da noite ou o do dia? Já é de dia mas para mim ainda vai ser noite... Estas coisas de mulher são complicadas demais para mim! Acho que nunca vou conseguir ser "chique" na vida!!!:)

Será politicamente correcto sempre que passo por uma certa estátua dizer (ou pelo menos pensar sim, porque se estiver longe não vou berrar que eu não sou pessoa disso), esboçar um sorriso e cumprimentar: olá Leonor!?? É politicamente correcto?
Se não for peço desculpa... é que não vim prevenida para viver sem este meu mundo.

... descanso do guerreiro ...

... foi só o que pedi neste dia, dias assim ...

"Don't stop, don't stop the dance
No, more music, don't stop the dance
Don't stop, don't stop the dance"

...vou pintar-me desta cor sem ninguém ver... apaixonei-me por esta terra de cor quente...

Quando as pessoas inventaram a distância, esqueceram-se que existia saudade.
Há dias em que até das gaivotas tenho saudades...

Bolas De Sabão

As Bolas De Sabão
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente




|Alberto Caeiro - O Guardador de rebanhos