Há dias que são como tatuagens, ficam cá para sempre.
terça-feira, 2 de maio de 2017
segunda-feira, 21 de março de 2016
Ontem dei uma facada num bolo de aniversário. O bolo dos 35.
Ainda não consigo sentir o peso da idade, não sei se é por me realmente nova,
ou se é por continuar rodeada da minha família e dos meus amigos por tantos
anos que eles vão envelhecendo comigo e eu nem dou conta.
Ontem passei o dia no
meio de amigos, alguns há tantos anos na minha vida que parece que me pertencem
como se fossem parte de mim, outros mais recentes mas que se cravaram em mim
como lapas (eu adoro lapas, não haja aqui más interpretações! :D ).
Repito muitas vezes que sou uma privilegiada por este meu puzzle-de-vida
de pessoas-de-coração-grande.
Grata por vos ter na minha vida, grata pelo dia de ontem.
quarta-feira, 16 de março de 2016
domingo, 10 de janeiro de 2016
Esta foi a segunda receita que experimentei devia ter uns 10 anos.
Na altura só me deixavam fazer doces, primeiro fiz uns queques e depois aventurei-me neste "Bolo Margarida" do livro (calhamaço) de receitas que a minha mãe tinha (acho que era obrigatório em todas as casas).
Uma pirralha apresentou um bolo com cobertura e tudo, foi um feito nunca visto em casa de fraca doçaria! grin emoticon
Não gosto de chuva nem de trovoada, mas no meio do não-gostar há uma certa nostalgia dos dias de chuva da infância. Das tardes passadas à lareira (a ver o Dirty Dancing, não era Iolanda?), das aventuras boleiras, de uma casa cheia e de vidas simples.
Tenho saudades de dias como este bolo, é um bolo simples e que enche o coração.
domingo, 20 de setembro de 2015
Às vezes duvido ser neta da minha avó. A minha avó com os
seus 91 anos tem uma ligação com os números fantástica, sabe todas as datas
importantes, sabe todo o dinheiro que tem em aplicações (algumas ainda em
escudos e faz a conversão para euros instantaneamente), sabe o dinheiro que nos
deu ao longo da nossa vida, sabe em que dia mudou de casa… e mudou algumas
vezes. Eu além dos aniversários, e não é de toda a gente, nunca fixei datas. Nunca
sei o dia em que comecei um namoro, nunca sei muito bem as idades dos filhos
dos meus amigos, nunca sei há quanto tempo fiz uma viagem ou acabei o curso. No
meio desta confusão de datas e de números há os dias banais que se misturam com
dias com significado.
Há dois anos atrás a minha vida estava um autêntico turbilhão.
Estávamos a tratar do funeral do meu pai. Quando recordo esses dias penso que
Fellini se estivesse vivo aproveitaria a história sem hesitar. No fim houve a
despedida, mas fica a eterna gratidão por tudo o que tenho com base nos pilares
que ele me deixou. Sou quem sou porque parte de mim é sua filha, sou quem sou
porque parte de mim foi construído com os meus irmãos… Sou Mafalda, Luísa ou Fáfa…
Hoje estive a tomar café com
alguém que ainda me chama “Fáfa”, já muitas poucas pessoas me tratam assim mas,
sempre que acontece, faz-me voltar à infância, aos dias simples com todos à
minha volta, e é muito bom.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Sandra
Conheci-te no primeiro aniversário que passei na Madeira, eu estava triste porque estava longe dos meus amigos (continentais) e da minha família. Nessa noite conheci-te a ti e o “pessoal do Porto da Cruz”, como ainda hoje vos chamo, um grupo de pessoas fantásticas que são presença assídua na minha vida. Foi a prenda de aniversário perfeita!
Nunca suspeitei do problema que tinhas tido no passado, toda a tua alegria de viver e a boa disposição nunca me deram a mais pequena pista, só muito tempo depois de te conhecer é que me contaste todo o percurso que tiveste.
Sei que rimos juntas mais vezes que choramos. Sei que agora estou a chorar porque estás a ser enterrada, mas também sei que sempre que me lembrar de ti vou sorrir e enfrentar. Foi isso que me ensinaste a fazer. A lutar sempre com garra e um sorriso no rosto. Lembro-me quando te disse que vinha embora para o Porto e só me disseste: “gosto muito de ti, vais fazer muita falta cá, mas vai se é para seres feliz”. Há que lutar por ser feliz, há que proclamar o amor como se de uma espécie de religião se tratasse. Sempre fui crente na religião do amor, contigo aprendi a ser um “pedâcinho” mais. Cada dia aprendo que o amor é a base de tudo na vida, sei que não te vou ver mas que vais estar sempre perto de nós. Sei disso tudo, mas mesmo assim não gosto deste sentimento de perda que se apodera de mim. Quando fui para a Madeira nunca pensava em voltar. Chamava-lhe na brincadeira a ilha-dos-amores e foi mesmo. Fui por um amor e voltei com o coração cheio de amores. Voltei, mas uma parte de mim fica na Madeira para sempre.
Nunca suspeitei do problema que tinhas tido no passado, toda a tua alegria de viver e a boa disposição nunca me deram a mais pequena pista, só muito tempo depois de te conhecer é que me contaste todo o percurso que tiveste.
Sei que rimos juntas mais vezes que choramos. Sei que agora estou a chorar porque estás a ser enterrada, mas também sei que sempre que me lembrar de ti vou sorrir e enfrentar. Foi isso que me ensinaste a fazer. A lutar sempre com garra e um sorriso no rosto. Lembro-me quando te disse que vinha embora para o Porto e só me disseste: “gosto muito de ti, vais fazer muita falta cá, mas vai se é para seres feliz”. Há que lutar por ser feliz, há que proclamar o amor como se de uma espécie de religião se tratasse. Sempre fui crente na religião do amor, contigo aprendi a ser um “pedâcinho” mais. Cada dia aprendo que o amor é a base de tudo na vida, sei que não te vou ver mas que vais estar sempre perto de nós. Sei disso tudo, mas mesmo assim não gosto deste sentimento de perda que se apodera de mim. Quando fui para a Madeira nunca pensava em voltar. Chamava-lhe na brincadeira a ilha-dos-amores e foi mesmo. Fui por um amor e voltei com o coração cheio de amores. Voltei, mas uma parte de mim fica na Madeira para sempre.
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